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tessera Caracterização material – 1ª parte
Tessera
Tessera - face
Tessera - verso
Pesos e medidas
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Protocolo experimental Caracterização estrutural por radiografia digital Observação ao MO - estereoscópio; Caracterização por micro-FRX dos estratos de produtos de corrosão e da liga; Caracterização dos produtos de corrosão por espectroscopia Ramane por Difracção de raios X Caracterização por PIXE da liga Caracterização da microestrutura por observação ao microscópio com a superfície contrastada
Radiografia digital
Problemas de deterioração
Caracterização qualitativa da liga por micro-FRX 1 1 2 2 3 3
Caracterização por micro-FRx dos estratos de produtos de corrosão 2 1

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Notas do Editor

  1. Diga que foi descoladaÉ constituída por 3 elementos: a tessera propriamente dita e dois fragmentos da asaFoi sujeita a duas intervenções anteriores: uma, antiga, em que foi soldada; outra em que foi parcialmente limpa de terras e produtos de corrosão e em que foi colada.Apresenta uma camada fina e heterogénea de produtos de corrosão, que apresentaremos mais para a frente
  2. O verso apresenta-se muito fragilizado e observa-se uma camada de produtos de corrosão mais espessa que a face.
  3. Peso total: 361,314g Corpo principal: 331,676 g Fragmento maior: 14,819 g Fragmento menor: 7,695 g Dimensões (cm): Comprimento // Largura // Espessura Corpo principal: 19,1 //9,67 // 0,828 (visualizar a Figura 17, e. a.) Fragmento maior: 1,147 // 4,54 // 0,502 (visualizar a Figura 18, e. a.) Fragmento menor: 1,397 // 2,408//0,672 (visualizar a Figura 19, e. a.)
  4. Equipamento: Radiografia digital de alta definição (ArtXRay)Os Raios‐X são um método de exame e análise não destrutivo e consiste na irradiação de um objecto com uma radiação de comprimento de onda de 10‐7 – 10‐11, que ele irá absorver de forma diferente de acordo com as suas propriedades, diferenciando‐se. Os materiais irão absorver esta radiação conforme a sua densidade e peso molecular. No caso das radiografias que foram executadas para este material, foram utilizadas voltagens de 110 a 150 kV, mostramos aqui as radiografias a 130 kV e a 144 kV. A amperagem utilizada está directamente relacionada com as kilovoltagens utilizadas, mas trabalhou-se diferentes tempos de exposição para compensar e aumentar a definição da imagem. Pode-se ver assim vários planos do objecto (quão maior a energia, quanto maior o tempo, maior a penetração). Podemos ainda trabalhar as imagens no seu positivo (imagem inversa à aquela obtida pela radiografia digital, captando-se mais facilmente pormenores apresentados em escalas cinza).Podemos ainda trabalhar a imagem, e obter mapas de densidade, observando-se assim, a textura de fundição e /ou a superfície alterada em produtos de corrosão.Condições: 1ª radiografia esquerda: 130kV, 3.6 miliamperes, 150 milisegundos (o branco corresponde às zonas menos densas)2ª radiografia esquerda: mesmas condições que a anterior mas invertida – corresponde à imagem de uma radiografia tradicional3ª radiografia esquerda: 144kV, 3 miliamperes, 650 milisegundos, sem ser invertida: o branco corresponde às zonas menos densas1ª radiografia à direita: edgeenhance da com as mesmas condições que a radiografia da esquerda (o branco corresponde às zonas menos densas)2ªradiografia à direita: edgeenhance da com as mesmas condições que a anterior mas com a peça virada ao contrario (o branco corresponde às zonas menos densas)Podemos constatar que:A moldura e a asa foram fundidas simultaneamente com a peça – mais visível na 3º radiografia da esquerdaA heterogeneidade da distribuição do chumbo: por um lado verifica-se que a zona central e à direita possui um teor de chumbo mais baixo que as restantes áreas.Podemos observar os nódulos de chumbo tanto na superfície (pontos negros) da placa como no bordo, e pequnos pontos brancos que correspondem à corrosão por picada, pela presença de cloro, da fase cobre, confirmadas por análise de FRX nestas zonas.Algumas letras estão mais incisas que outrasLetras que não se liam, porque estavam cheias, sobretudo por produtos de alteração de chumbo misturadas com terras.
  5. Parte do material externo é na realidade uma mistura intima entre terras e produtos de alteração do chumbo: nomeadamente piromorfite, hidróxidos e carbonatos de chumbo. A primeira limpeza de superfície, em intervenção anterior, levou ao destacamento de uma parte significativa da superfíice original do objecto. Esta estava com fraca adesão ao substracto e com forte adesão a esta camada de terras e produtos de alteração do chumbo. A sua eliminação conduziu assim a remoção de informação essencial.A peça apresenta corrosão por picada, sobretudo da fase do chumbo, com formação de óxidos e carbonato de chumboPelo que a limpeza de superfície
  6. Trata-se de um bronze com chumbo: teor de cobre muito elevado, o estanho não se vê bem com o equipamento utilizado, e com chumbo. O teor de chumbo é mais elevado na parte de trás do que na frente do objecto, se bem que aqui apenas mostramos os espectros correspondentes ao verso. Apercebemo-nos contudo da heterogeneidade da distribuição do chumbo na ligaA negro
  7. Após observação da sobreposição dos espectros da zona da moldura, verificamos que as camadas verdes correspondem a uma liga de cobre: chumbo: estanho. Que a camada verde mais clara apresenta um maior teor de chumbo e estanho, e que a camada verde mais escura zona superficial da camada verde, um maior teor de cobre.Verificamos ainda que a camada negra apresenta na sua constituição cobre, chumbo (mas em menor quantidade que na liga), um aumento significativo do teor de ferro, potássio, cálcio, titânio e manganês.